Em neurologia, define-se como cavernoma um tipo de malformação de vasos sanguíneos benigna, caracterizados por dilatação excessiva e falta de tecido nervoso em condições normais. Via de regra não apresentam sintomas, e, na maior parte dos casos não são fatais ou representam algum risco mais sério para o paciente, embora causem lesões neurológicas – algumas graves – ,com cefaleias e ataques epilépticos.
Estatisticamente, a ocorrência da patologia é baixa, com proporção de 1 caso a cada 200 indivíduos. Manifesta-se no cérebro, cerebelo, nervos intracranianos e na medula. É consenso na comunidade médico científica que a lesão acompanha o paciente desde o nascimento, embora, em alguns casos, possa ser adquirida posteriormente. Quando são mais de um, é grande a probabilidade de ser congênito.
A doença, até o advento da Ressonância Magnética só era detectável em autópsias ou cirurgias. O tratamento depende das probabilidades de haver sangramento, e múltiplos fatores são levados em conta, o que torna difícil prever um evento hemorrágico.
Existem, basicamente, três modalidades de tratamento:
- Conservador
- Microcirurgia
- Radiocirurgia
O tratamento conservador é indicado em casos de cavernomas no tronco cerebral em que não há perigo iminente de danos graves ao cérebro, acompanhado criteriosamente com auxílio de neurorradiologia. Indica-se microcirurgia se há quadro de lesão cortical ou de acordo com a posição relativa à regiões que representem riscos mais graves à saúde. A radiocirurgia é o último recurso no tratamento de cavernomas, e seu uso é alvo de constantes debates e discussões entre os neurologistas. Especialistas recomendam monitoramento constante, caso haja histórico familiar da doença.
Um caso clínico de cavernoma
Recentemente, o atleta de futebol Leandro Castán, que joga pela Roma, da Itália, tornou-se o mais conhecido e divulgado caso de retirada cirúrgica de cavernoma. Com a utilização de neuronavegador cirúrgico , a equipe médica que operou o jogador removeu uma lesão de aproximadamente 3cm do cérebro de Castán, que foi diagnosticado com cavernoma após queixar-se de fortes tonturas durante uma das partidas de seu clube.
A cirurgia em Castán foi um sucesso, graças à competência dos médicos e da utilização de equipamentos adequados. A Axiste materiais cirúrgicos entende que a equação ser humano mais tecnologia sempre rende bons resultados, por isso oferece o que há de mais avançado para cirurgias neurológicas.